UM PELOTÃO DO EXÉRCITO

QUANDO BRIZOLA FOI GOVERNADOR DE 1959 A 1964 SURGIU A CRISE DO ARROZ. ENTÃO COMEÇOU UM GRANDE CONTRABANDO DA PRODUÇÃO GAÚCHA PARA OUTROS ESTADOS DA FEDERAÇÃO. O POSTO FISCAL COM SEUS BRIGADIANOS NÃO CONSEGUIRAM AMEDRONTAR OS CAMINHONEIROS. ALGUNS AMARRAVAM GALHADAS DE ÁRVORES NA TRASEIRA DOS CAMINHÕES E EM ALTA VELOCIDADE PASSAVAM DIRETO SEM RESPEITAR O APITO DE 'PARE' DOS POLICIAIS...UMA NUVEM DE POEIRA ERA LEVANTADA PELA GALHADA DE ÁRVORE, DIFICULTANDO A PERSEGUIÇÃO DA POLÍCIA COM SEU VELHO GYPE. A COISA FOI TÃO SÉRIA QUE MANDARAM UM PELOTÃO DO EXÉRCITO PARA IMPEDIR A PASSAGEM DO ARROZ CONTRABANDEADO. O DESTACAMENTO LOCALIZOU-SE ONDE HOJE É O SALÃO DO BUENO, DEFRONTE A CASA E ARMAZÉM DAQUELE TEMPO FAUZTINO KINEWITZ. MUITAS BARRACAS FORAM ARMADAS ALI E OS SOLDADOS DE PRONTIDÃO. MESMO ASSIM, MUITOS TENTAVAM PASSAR EM GRANDE VELOCIDADE PELO DESTACAMENTO, TIROS DE FUZIL FORAM DEFLAGRADOS NOS PNEUS...QUANDO ACERTAVAM O CAMINHÃO ERA OBRIGADO A PARAR E O MOTORISTA PRESO, QUANDO NÃO FUGIA PARA O MATO. NA CASA DO SENHOR JOSÉ JUSTO MAGGI ( ZEPO JUSTO ) BALAS DE FUZIL FURAM AS PAREDES. FELIZMENTE NÃO ACONTECEU O PIOR. DEPOIS QUE FOI DEBELADO O CONTRABANDO O EXÉRCITO SE RETIROU DE TRÊS CACHOEIRAS...LEMBRO QUE NÃO HAVIA ASFALTO, A ESTRADA QUE LIGAVA OSÓRIO-TÕRRES ERA APENAS UMA RS. CONSERVADA PELO DAER.